Enviada em: 01/07/2019

Nascido no século XIX, o teólogo, filósofo e médico alemão Albert Schweitzer aborda que vivemos em uma época perigosa, na qual o homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo. Partindo dessa concepção, é possível inferir exatamente o que ocorre no país em que habitamos: o meio ambiente é devastado porque não há controle sobre as ações das grandes empresas e dos interesses dos mais ricos.    No dia 25 de janeiro deste ano, o Brasil acompanhou o rompimento da barragem de Brumadinho. Três anos antes, presenciou o desastre de Mariana. Nesse meio-tempo, nada foi feito para que tragédias como essa não ocorressem novamente. Segundo o site UOL, a Samarco quitou apenas 3,4% de 785 milhões de reais em multas. É vergonhoso como a impunidade é aceita de uma forma tão simples e branda.     Concomitantemente a isso, um projeto que endureceria regras para barragens não avançou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, segundo a Folha de São Paulo. Da mesma maneira que os colonizadores portugueses exploravam nossas terras, matavam nosso povo, os grandes empresários tem carta branca para fazerem o que bem quiserem. Logo, é visível, que enfrentamos um problema histórico, no qual os exploradores apenas mudam de nome. Nosso povo ainda morre e nossa natureza ainda é assolada.    Em consonância a isso, é primordial que os deputados, senadores e vereadores criem leis fortes para combater a impunidade e de fato endurecer as regras para a criação de barragens. É de grande urgência também que o presidente, os governadores e os prefeitos criem uma política de não aceitação ao descumprimento das leis impostas e sejam rígidos na aplicação destas. Nós, como cidadãos também devemos protestar, ir às ruas para manifestar nossa desconformidade com esse ciclo de impunidade que sempre se repete.