Enviada em: 17/08/2019

Para a ganância humana, toda a natureza é insuficiente. O pensamento de Sêneca nos permite refletir, no hodierno, sobre como a gravidade da recorrência de crimes ambientais representa um problema a ser enfrentado de forma mais estruturada no Brasil. Nessa perspectiva, convém a análise imprescindível de fatores e consequências, a fim de liquidar essa inercial problemática.  Observa-se, em primeira instância, que de acordo com o Artigo 225 da Constituição Federal, é dever do Estado defender e zelar o meio ambiente para  as presentes e futuras gerações. Todavia, é indubitável que a incúria governamental esteja atrelada a essa complicação. Analogamente, em virtude  da falta de políticas públicas que fiscalizem as ações de empresas mineradoras e extrativistas, a imprudência e arbitrariedade contra a natureza cresce exponencialmente. Por conseguinte, propiciando a continuidade de tragédias como as que assolaram Mariana e Brumadinho.  Faz-se mister, ainda, ressaltar que o capitalismo desenfreado é um impulsionador do problema. Segundo Émile Dhukheim, o fato social é a maneira coletiva de agir provida de exterioridade e coercitividade. Dessa forma, em progressão a mesma linha de pensamento, nota-se que a apatia com as questões ambientais no âmbito econômico, é oriunda da obtenção de lucro exacerbado  e imediatista da camada empresarial. Subsequente, fomentando em catástrofes ecológicas  e a devastação de rios, florestas e lagos.   É iniludível, portanto, que urge a necessidade na qual o Governo Federal em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, devam criar um sistema vanguardeiro de monitoramento e fiscalização de barragens e atividades mineradoras, promovendo a ampla transparência de dados, com objetivo de precautelar  possíveis falhas e displicências, juntamente com a criação incentivos fiscais  para empresas que seguirem corretamente este protocolo, por meio das secretárias de finanças. Dessa forma, a fim de encerrar a reincidência dos crimes de caráter ambiental.