Juventudes corrompidas Segundo o sociólogo Jean-Jacques Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Atualmente, nota-se que os jovens brasileiros estão a corromper-se cada vez mais cedo, o que coloca em pauta a diminuição da maioridade penal no país. No entanto, essa hipótese traz consigo prós e contras à sociedade, logo, analisá-los é medida que se impõe na contemporaneidade. Precipuamente, convém explicitar o pensamento do intelectual John Locke, de que o homem nasce como se fosse uma folha em branco. A partir desse conceito, é possível afirmar que a globalização, em função de sua capacidade de disseminar ideias e informações rapidamente, assumiu o dever de "colorir" a folha em branco visualizada nos mais novos. Por isso, é muito mais acelerado o processo de amadurecimento do cidadão hodierno, fato este diretamente ligado a sua adesão no mundo da criminalidade. Ademais, 93% da população brasileira é a favor dessa mudança na legislação, conforme pesquisas do jornal "O Globo". Além disso, a justiça, sendo aprovada tal sugestão, seria muito mais eficiente e desestimularia a entrada dos jovens na esfera criminal. Outrossim, deve-se expor também os efeitos negativos da proposta em discussão. É ingênuo acreditar que as penitenciárias nacionais suportariam o eventual aumento de presidiários, visto que a maioria delas excedeu o limite de integrantes, de acordo com o Ministério Público. Para mais, como observado no filme "Um sonho de liberdade", o objetivo primário das cadeias, isto é, reintegrar o cidadão à sociedade, é plenamente dificultado em virtude das facções criminosas e da lenta gestão judicial presentes nesse âmbito. Sob esta ótica, aprisionar um jovem nessas situações seria uma desvantagem ainda maior para a comunidade. Dado o exposto, portanto, urge que o imbróglio seja resolvido no país. Para legitimar a democracia, é primordial que o Governo ouça a opinião pública, mediante votação nas urnas de todos os estados, uma vez que as inquietudes, como proferido por Karl Marx, são a locomotiva da nação. Somado a isso, o Ministério da Segurança deve melhorar as condições dos presídios, por meio da agilização dos processos jurídicos e da construção de penitenciárias especializadas para o público jovem (principalmente nos grandes centros urbanos), com o fito de garantir que o indivíduo seja reeducado e que a saturação de presos nas cadeias seja evitada. Dessa maneira, será possível estabelecer uma justiça mais séria e incorruptível no Brasil.