Enviada em: 16/11/2017

O sistema carcerário brasileiro demonstra da forma mais cruel como o sistema atual é falho, uma vez que não consegue alcançar seu principal objetivo: a ressocialização. A diminuição da maioridade penal, portanto, estimularia o jovem a entrar ainda mais para organizações criminosas, sendo ineficiente para a diminuição da violência no Brasil.       As disparidades socioeconômicas continuam uma realidade no país, sendo que a população menos favorecida está a mercê de organizações criminosas, como o PPC-Primeiro Comando da Capital- já que a pouca eficiência da polícia em regiões periféricas estimula o crescimento de influência desses grupos. Essas organizações conseguem, inclusive, se comunicar de dentro dos presídios, como revelou o chefe do PCC, Marcola, em entrevista. Além disso, o sistema carcerário brasileiro apresenta superlotação e falta de itens básico de higiene, sendo mais um indicativo da incapacidade do estado de gerir esses espaços respeitando o direitos humanos. Resultando em presidiários que se tornam cada vez mais violentos a medida que ficam na prisão.       Aclopado a isso, o sistema público de ensino está cheio de falhas, como as constantes faltas de profissionais, a falta de infraestrutura e matérias que pouco preparam o jovem. A consequência principal é o desestimulo do adolescente perante ao estudo. Gera-se um impasse, já que elevada escolarização é uma das variantes de maior peso para o aumento do poder aquisitivo, desejo de muitos jovens da periferia. Assim, o crime surge, de forma errônea, como uma válvula de escape das desigualdades sociais e falta de poder de compra. Com isso, o jovem que comete irregularidades legais deve receber sanções, porém o convívio com adultos nas condições carcerária atuais seria um estimulo para esse adolescente adentrar ainda mais para a vida do crime, aumentando a taxa de violência do país de forma exponencial, já que esse, no futuro, seria estimulador de outros jovens.        Assim, cabe ao Ministério da Educação gerir melhor os recursos dados pelo Governo Federal, a fim de melhorar a qualidade do ensino público e instigar a vontade da população nova de estudar. Além disso, é importante que o Departamento Penitenciário Nacional fiscalize melhor os presídios para impedir a comunicação dos presidiários com pessoas de fora e alocar os recursos de maneira que os direitos humanos sejam respeitados dentro das penitenciárias. O resultado será um sistema que não permite que o crime seja uma válvula de escape.