Enviada em: 21/04/2017

Atualmente, o número de órgãos capitados para doação no Brasil não é suficiente para suprir a demanda. Tal problemática é alarmante, já que, o tempo de espera por um transplante pode ultrapassar 5 anos, variando conforme o nível de urgência, o que acarreta a morte de muitos pacientes. Nesse sentido, é válido discutirmos a respeito dos entraves para a doação de órgãos no país.         Para o sociólogo Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido e as condições de que depende. Sob esse aspecto, é possível afirmar que o incentivo à doação nos meios de comunicação é de grande importância para a conscientização da população, uma vez que, a abordagem dessa questão em livros, filmes e reportagens provoca empatia no interlocutor e evidencia a imprescindibilidade do ato.           Ademais, estatísticas explicitam que 50% das famílias recusam a doação de órgãos. Entre esses, grande parcela o faz por não compreender ou não aceitar a irreversibilidade da morte encefálica. Por conseguinte, impera a necessidade de qualificação médica voltada não só para a realização de diagnósticos, mas também com o fito de viabilizar um melhor relacionamento e diálogo com os parentes do potencial doador.            A fim de amenizar ou solucionar o problema devemos instruir a ação de certos agentes. Desse modo, bom seria se a mídia promovesse maior destaque a esse assunto ao veicular propagandas socioeducativas ou incluí-lo em filmes e seriados tornando possível, assim, instigar o debate. Outrossim, aquele que deseja ser um doador deve informar as pessoas próximas a ele a fim de evitar posteriores conflitos. Paralelamente, o Ministério da Saúde em consonância com hospitais poderia disponibilizar aos médicos aulas e simulações que envolvessem os procedimentos de recolhimento e conservação de órgãos, além de auxiliá-los a lidar com os familiares. Afinal como entendia Martin Luther King, toda hora é hora de fazer o que é certo.