Enviada em: 06/08/2017

Segundo Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros. Nesse contexto, os dilemas da doação de órgãos persistem na sociedade, pois, ainda existem mais de 40 mil pessoas esperando por uma doação no Brasil, enquanto em alguns estados do país a taxa de não doação aumenta. Atrelado a isso, a falta de preparação de equipes médicas especializadas em doações de órgãos, em determinadas regiões do país, contribuem para a problemática da baixa disponibilidade de órgãos.        De acordo com o site G1, nos estados do centro-oeste e norte do país a taxa de negativa familiar aumentou nos últimos anos, reduzindo as doações nesses locais. Consequência do despreparo da abordagem familiar e a falta de comunicação em vida dos pacientes que chegam a óbito, visto que, a maioria dos grandes doadores falecem momentaneamente.     Ademais, o Brasil não possui equipes médicas preparadas para emergência, prova disso é a existência de apenas duas faculdades com residência médica em emergência no país inteiro. Deste modo, a identificação de  morte cerebral na triagem fica lesada, causando a perda de possíveis doadores. Outrossim, não há médicos e equipamentos necessários para transplantes em algumas regiões do país, elevando ainda mais a perda de órgãos que poderiam salvar outras vidas.      Contudo, para atenuar a problemática é necessário que as famílias conversem com seus entes próximos sobre a doação de órgãos, para saber como reagir se fatalidades inesperadas ocorrerem, assim como o Ministério da Saúde deve intensificar as campanhas de doação nos estados de elevada taxa de negativa familiar. Ademais, cabe ao Ministério da Educação em parceria com o Conselho Federal de Medicina que seja instalado ao menos um hospital escola em cada estado do país com especialização em emergência e doação de órgãos. Dessa forma, o Brasil poderá ultrapassar os estigmas da doação de órgãos.