Enviada em: 24/08/2017

Uma nova Chance   Na história da medicina houve grandes avanços, como o conhecimento pela anatomia humana pelos egípcios devido ao seu sofisticado processo de mumificação de corpos, ao mestre grego Hipócrates no estudo de sintomas de doenças, além de, no século XVII, o médico britânico William Harvey descobrir o sistema circulatório. Hoje, felizmente, temos inúmeros procedimentos para curarmos e salvarmos, há exemplo de doação de órgãos. No entanto, há dilemas como compreender as questões religiosas de familiares e perder a chance de salvar outras vidas.    No sentimento de luto, de fato é complicado cogitar a ideia de doar órgãos de seu familiar. Exemplo disso é mostrado na série brasileira Sob Pressão, onde a mãe reluta sobre a decisão de desligar os aparelhos ou não de seu filho pois tinha fé de que ele estava vivo. Com isso, a personagem D. Bete e seus familiares oram fora do hospital na esperança de o rapaz acordar. Contudo é fundamental que a família se sensibilize que o órgão de seu ente querido estará salvando outras vidas e que, de certa forma, a vida deles será continuada em outro indivíduo.    Por outro lado, no Brasil ainda é difícil convencer familiares que não existe milagre depois é constatada a morte cerebral. Segundo dados de ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de órgãos) em 2016, mais de seis mil famílias foram consultadas nesse momento de dor. Todavia, quase a metade delas (43%) não autorizaram a retirada de órgãos e no mesmo ano, mais de duas mil pessoas morreram na fila do transplante.   Torna-se evidente, portanto que os dilemas da doação de órgãos podem ser amenizados com o esclarecimento pacífico por parte dos hospitais, mostrando aos responsáveis do falecido a situação de outro indivíduo e na ajuda que dariam, sem sair da ética de trabalho. Cabe também ao governo intensificar as propagandas por meios de rádio, internet, televisão e poster que incentivam a ser doador e os benefícios de ser um. Assim, os brasileiros terão seu conhecimento aumentado e abrandarão o coração, tornando- se ainda mais solidário e compreensivo, dando continuidade às oportunidades de todas as pessoas. Um simples "sim" pode fazer toda a diferença.