Enviada em: 30/10/2017

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Orgãos (ABTO), no primeiro semestre de 2017, as cirurgias de transplantes aumentaram 16% em relação ao ano passado no Brasil, o que ratifica o progresso nessa área.Contudo,a demanda por orgãos ainda é muito superior à quantidade de doações, devido à resistência dos familiares na aprovação do procedimento, bem como a ausência de informações acerca do processo de doação na mídia.      Devido a fatores éticos,aliados à abordagem inadequada dos profissionais da saúde acerca da morte do paciente e o destino dos orgãos, a doação é um dilema para os parentes que possuem pouco conhecimento acerca da morte encefálica, esta que possui sintomas pouco usuais,como batimentos cardíados e temperatura normal do corpo, de forma que, induz a  família a considerar a situação reversível.       Apesar da mídia servir como grande influenciadora e conscientizadora da população, há ausência de debates e propagandas fornecedoras de conhecimento a respeito da importância de ser um doador e como o procedimento é feito, isto é, disseminar o tema com frequência e de maneira coesa, a fim de despertar interesse nos telespectadores sobre o assunto.       Com base nos fatos mencionados, faz-se imprescindível a atuaçaõ do Ministério da Saúde para fornecer palestras gratuitas aos profissionais da saúde,estas baseadas na comunicação e interação solidária entre médicos e pacientes, a fim de assegurar o sanamento de dúvidas sobre a morte cerebral, bem como o destino dos orgãos de seus entes queridos.É fundamental,também, a mobilização das redes televisivas na disseminação de conteúdos voltados à doação de orgãos,como entrevistas com especialistas,que por meio de debates,esclareçam como ocorre a cirurgia,os riscos e em quais situações se é permitido doar,tudo com o objetido trazer o maior número de pessoas  à causa de salvar vidas.