Enviada em: 30/10/2017

Segundo Franz Kafka, a solidariedade é a melhor expressão de respeito à dignidade humana. Nesse sentido, a doação de órgão faz-se necessária, já que por meio desse ato é possível salvar outras vidas, no entanto ainda são grandes os imbróglios que permitem essa realidade em larga escala a ponto de não atender todos os indivíduos necessários.    Em primeiro plano, é importante ressaltar que, embora a quantidade de doações no Brasil tenha crescido, esses valores ainda são insuficientes de acordo com o tamanho da população. Isso ocorre, principalmente, pela ausência de conhecimento da sociedade sobre o assunto e de conscientização a respeito da importância da doação, que muitas vezes é considerada tabu. No que tange a essa situação, é notória a carência de debates entre os cidadãos que abordem o tema, que, na maioria das vezes, não informam a família sobre a vontade de ser um doador.   Outrossim, outro fator que dificulta a doação de órgãos é a escassez de uma logística eficiente no que diz respeito à conservação e ao transporte dos órgãos dentro do tempo correto. É perceptível, por exemplo, que as aeronaves para esse transporte ainda são poucas e que nem todos os estados possuem esse meio de transporte específico, além disso é indispensável salientar que falta um sistema eficaz de comunicação entre os hospitais para realizar o processo com maior velocidade. Dessa forma, muitos órgãos, que poderiam salvar vidas, são desperdiçados.    É evidente, portanto, a indispensabilidade em adotar medidas que combata o impasse. Cabe ao Ministério da Educação promover campanhas escolares que, além de enfatizarem a necessidade de doadores no Brasil, também expliquem quais órgãos e em que ocasiões pode ocorrer a doação a fim de não permitir que o assunto continue sendo um tabu ao incluí-lo nas aulas de ciências, por exemplo. Cabe ao Ministério da Saúde, por sua vez, investir na compra de aviões especializados no transporte de órgãos, bem como a otimização de um sistema que interligue os hospitais e os profissionais responsáveis com o objetivo de evitar desperdícios de órgãos.