Enviada em: 30/10/2017

Desde o primeiro transplante registrado no Brasil, no ano de 1954, a evolução na doação de órgãos no país é nítida. Isso se deve, principalmente, pelo país possuir o maior programa de doação de órgãos no mundo, que paga 92% das cirurgias realizadas, de acordo com ABTO. Contudo, mesmo sendo referencia mundial, ainda falta a disseminação de informações sobre o tema, além da precariedade dos hospitais que viabilizem os procedimentos cirúrgicos no estado brasileiro.    Em primeiro plano, a ausência de divulgações sobre o conteúdo abordado dificulta o diálogo entre as pessoas. Nesse sentindo, campanhas que informem os cidadãos a respeito da doação de órgãos e de seu funcionamento, torna os indivíduos mais aptos a debaterem sobre o tema, estimulando, assim, a doação. A exemplo disso, uma ação feita pela ABTO, conhecida como "Eu Assumi", teve como objetivo promover uma conscientização da população sobre essa problemática.    De outra parte, a fragilidade dos sistemas de saúde dificulta, veementemente, os procedimentos de transplantes de órgãos no país. Isso porque, em três anos, a FAB deixou de fornecer aviões para o transporte de 153 corações, fígados, pulmões, pâncreas, rins e ossos, aumentando os índices de mortes de pacientes que esperavam por esses órgãos para sua sobrevivência. Sendo assim, a precarização do Estado, junto com hospitais públicos, torna o indivíduo vulnerável, evidenciando, dessa maneira, a grande deficiência da saúde pública brasileira.      Nota-se, portanto, medidas que facilite na disseminação de informações e de assistências médicas para a população. Para isso, o Ministério da Saúde deve promover, por meio de campanhas publicitárias, veiculadas, principalmente, pela mídia, com o objetivo de estimular as pessoas a doarem órgãos e salvarem vidas. Além disso, é necessário que o mesmo viabilize, por meio de iniciativas públicas, o deslocamento de órgãos pelo Brasil com mais facilidade e segurança, a fim de assegurar a saúde e o direito humano de cada cidadão brasileiro.