Enviada em: 02/11/2017

Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, o individualismo da sociedade pós-moderna impede a população de pensar no próximo. Por outro lado, não só o pensamento egocêntrico das famílias, mas também a falta de estrutura dos hospitais levam à contribuição no dilema da doação de órgãos no Brasil.   Em uma primeira análise, observa-se a falta de estrutura hospitalar brasileira. Dessa maneira, a falta de equipes especializadas e leitos de UTI's adequados e disponíveis em hospitais credenciados dificultam a realização da retirada de órgãos. Além disso, é visto ainda muitos que não são cadastrados para realizarem tal procedimento. Como exemplo do fato exposto, tem-se o caso de Goiânia, onde a falta de estrutura de um hospital impediu uma família de doar órgãos do parente.    Ademais, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, 47% das famílias recusaram-se a doar partes  de parente com morte cerebral. Nesse sentido, o individualismo dito por Bauman é reforçado, aonde os familiares, que talvez com o pensamento egocêntrico, recusam-se. Desse modo, verifica-se que a atuação da família é de grande importância, uma vez que autorizando a doação, podem salvar vidas de outras pessoas.     Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde em ação conjunta ao Governo melhorem a estrutura dos hospitais e expandam os leitos de UTI's, as quais possam estar aptos e disponíveis para realizar qualquer procedimento. Outrossim, é dever da mídia - TV e Internet - uma maior intensificação em campanhas de doações, de modo que a família mude o seu pensamento e, assim, possam resgatar vidas.