Enviada em: 03/11/2017

As recentes campanhas acerca da doação de órgãos no país,como as ocorridas no estado de Pernambuco, reacenderam as discussões sobre o tema. Entre os problemas enfrentados para discutir esse dilema estão o tráfico internacional e a carência de profissionais que saibam lidar com um assunto tão delicado que envolve vida e morte. Por um lado,é inegável que a venda ilegal de órgãos contribui para a mistificação e resistência de pessoas a cogitarem a doação.Isso porquê ,segundo dados da ONU,o mundo tornou-se um verdadeiro açougue humano,fomentado pelo comércio ilegal,fluindo de países em desenvolvimento na América do Sul e Ásia para grandes potencias como EUA e nações europeias.Dessa forma, a diferença socioeconômica mundial,agravada pelo capitalismo cada vez mais selvagem,é um motor para que pessoas vendam suas vísceras. Ademais, a falta de preparo profissional é outro fator que precisa se levado em conta. Assim como é mostrado na série ''A anatomia de Grey'',o modo médicos e auxiliares  abordam o tema junto à família do paciente pode ser decisivo para que esses concordem com a doação.É notória,assim, a necessidade que as equipes tenham empatia e respeito para com esses familiares e ,dessa forma, saibam explicar a importância social dessa ação na vida dos que aguardam em uma fila de espera de transplantes. Urge,portanto,que o Brasil, junto a outros países,cobre a transparência e o respeito mundial com a vida,em reuniões nas instituições supranacionais como a ONU para que essa investigue e puna por embargos financeiros países que fomentam o tráfico de órgãos. Consonante a essa medida,é necessário que o Ministério da Saúde, junto ao Conselho Nacional de Medicina, promova a capacitação de profissionais e equipes responsáveis por transplantes ,de modo a melhorar a confiança no processo,por meio do diálogo com as familiais dos doadores.Essas medidas não terão como efeito somente o aumento no número de doações,mas também assegurar-se-á o direito constitucional à vida,por meio da solidariedade.