"A base da sociedade da justiça". A frase do filósofo grego Aristóteles faz alusão à importância da igualdade na sociedade. Porém, o direito à saúde vem sendo cada vez mais deturpado neste país, o que prejudica a população em geral. Assim, deve-se analisar como a herança histórica e a omissão do Poder Público prejudicam a questão na atualidade. Indubitavelmente, a herança histórica é a principal responsável pela manutenção do problema. Isso decorre do século XIX, quando a sociedade recém-industrializada passou a ter surtos e epidemias, no entanto, a saúde era negada aos mais pobres, os operários. A sociedade, então, por tender a incorporar costumes de época, naturalizou esse pensamento e passou a reproduzi-lo. Analogamente, a saúde continua sendo negligenciada aos mais carentes e necessitados. Logo, cada vez mais a sociedade padece sem os direitos à saúde cumpridos. Atrelado à sociedade, nota-se que o Poder Público negligencia os direitos da população. Isso porque, embora a Constituição Federal de 1988 garanta a saúde como um bem comum, o Estado impede a efetivação de muitas conquistas que constam nessa legislação, pois os interesses socioeconômicos de alguns setores se sobrepõem à fiscalização das leis. Como resultado, percebe-se a precariedade do sistema público de saúde, que acaba prejudicando à população devido ao excesso de tempo necessário para agendamento de consultas e atendimento efetivo. Diante dos fatos supracitados, nota-se que a questão da saúde é prejudicada historicamente pela sociedade e pelo Estado. O Governo Federal, portanto, por meio do Ministério da Saúde, deve criar projetos de atendimento geral nas escolas e praças, por meio de eventos, palestras nas cidades e materiais presenciais e on-line sobre instruções básicas de saúde, com médicos, nutricionistas e assistentes sociais que auxiliem à comunidade, a fim de amenizar os impasses antes citados. De certo, o ideal defendido por Aristóteles será, de uma vez por todas, respeitado.