Enviada em: 25/02/2019

Promulgada em outubro de 1988, a Constituição Federal - também conhecida como Constituição Cidadã - implementou no país o Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo a todo cidadão brasileiro o direito à saúde pública, gratuita e de qualidade. Conquanto, o subfinanciamento do Governo em conjunto com o mau gerenciamento na área da saúde, põe em cheque o desfrute, por parte da população, desse direito na prática.      O Brasil compõe uma singela lista de países do mundo que possui um sistema de saúde público universal. Entretanto, o orçamento brasileiro dedicado ao setor é um dos menores. Os avanços da medicina em busca de melhores tratamentos geralmente vêm acompanhado com um encarecimento. O baixo investimento na área, além de não acompanhar os avanços tecnológicos, torna precários os serviços básicos como, por exemplo, a falta de leitos, medicamentos e profissionais na maioria dos hospitais públicos.        O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, apontou um crescimento de 18% de idosos nos últimos 5 anos. O envelhecimento da população é um fato que deve ser urgentemente tratado para o que SUS não quebre. Além disso, o Ministério da Saúde divulgou um crescimento no índice de obesidade de 60% no últimos 10 anos. O mau gerenciamento e a falta de planejamento a longo prazo criarão um futuro próximo, no qual a maioria da população será idosa e enferma.       Urge, portanto, ações de políticas públicas que visem a permanência da garantia de saúde gratuita a todos os cidadãos. O Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Saúde, deve investir na saúde preventiva, a fim de conscientizar sobre a importância que uma boa alimentação e atividade física têm na qualidade de vida, minimizando doenças desencadeadas na velhice. É imprescindível que o Governo invista na saúde como uma prioridade para que, no futuro, não se gere um rombo nos cofres públicos. Dessa forma, o Brasil garantirá que o direito à saúde, assegurado pela Constituição Federal, se perpetue por gerações.