A Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, foi um movimento que evidenciou o início de políticas governamentais de saúde pública, mesmo que estas tenham ocorrido de formas pouco instrutivas e pouco estruturadas. Não obstante, hodiernamente, o Sistema de Saúde Pública se mostra análogo às antigas antigas práticas de saúde, devido a uma má gestão de recursos e à falta de estrutura. É indubitável que o mau gerenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das causas do problema. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde, o governo brasileiro destina ao SUS um percentual de 7,7% de seu orçamento geral, a qual é uma taxa muito inferior comparada mundialmente. Assim, nota-se que não há recursos financeiros para prover o que uma saúde de qualidade precisa, e a má gestão agrava esse problema. Vale ressaltar, também, a falta de infraestrutura como um agravante da problemática. Nesse âmbito, a série americana "Grey's Anatomy" retrata o cotidiano de um hospital que possui infraestrutura e corpo profissional aptos a enfrentar quaisquer problemas que cheguem na instituição. Fora da ficção, a realidade é oposta, uma vez que a infraestrutura dos hospitais brasileiros é precária, com escassez de leitos e suprimentos, o que contribui com os riscos de complicações e até óbito dos pacientes. Portanto, urge a necessidade de medidas para alterar o cenário vigente. Logo, o Ministério da Saúde deve promover a formação de gestores de serviço de saúde, por intermédio de cursos administrativos que analisem a prioridade de investimentos com objetivo de se adquirir uma gestão mais racional. Além disso, o Estado - instância máxima - deve proporcionar melhorias no Sistema Único de Saúde, por meio do aumento de verbas governamentais a fim de que vários hospitais sejam bem estruturados. Feito isso, a conjuntura atual distanciar-se-á da Revolta da Vacina.