Enviada em: 13/04/2017

O artigo 196, da Constituição Federal, reza que "a saúde é direito de todos e dever do Estado...". Assim, com fundamento na Magna Carta brasileira é importante que a população reivindique em prol de seus direitos, ou seja, busquem uma saúde pública de qualidade, eficaz e que atenda a todos que dela precisar.       Ademais, o Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Ministério da Saúde, é um dos maiores sistemas públicos do mundo, tendo em vista que abrange desde o atendimento ambulatorial até o transplante, e garante acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Nota-se que em tese o SUS é um programa de qualidade. Entretanto, o cotidiano do brasileiro demonstra uma realidade totalmente contrária ao pregado por este órgão.      Outrossim, o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que 64% dos hospitais estão superlotados, o que condiz mais com a realidade do Brasil. Desta forma, percebe-se que apesar do SUS possuir um bom projeto, na prática não é cumprido, tornando o atendimento deficiente e muitas vezes ineficaz, pois muitos morrem sem atendimento, como foi o exemplo de Zila Bueno da Silva que em 2000 solicitou um encaminhamento para uma consulta e a resposta só chegou 11 anos após sua morte.       Diante do exposto, percebe-se a falta de preparo dos hospitais para atender a grande demanda da sociedade brasileira, muitas vezes pela falta de material para atendimento, outras pela falta de médicos, principalmente no interior do território brasileiro. Essa falta de material é em decorrência, principalmente, da corrupção, posto que ao liberar a verba para a saúde até chegar ao seu destino final sofre tantos desvios que o valor acaba sendo ínfimo em comparação ao que saiu dos cofres públicos, o que acaba gerando outro problema grave, que é o fechamento de hospitais públicos.      Sendo assim, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Para isto, a população, como principal interessada, deve pleitear, aos seus representantes, que a Constituição Federal seja respeitada e que façam melhorias na saúde pública, para oferecer ao povo um SUS de qualidade e eficaz. Assim como, a mídia em parceria com ONG's disseminem campanhas que incentivem a mobilização da sociedade para que busquem um atendimento adequado. Por fim, o Estado, por meio dos seus Ministérios da Saúde e Justiça, necessita fiscalizar se o sistema está respeitando a lei maior, bem como se não está atentando contra a dignidade da pessoa humana, fazendo com que os pacientes precisem passar por situações degradantes ao recorrer aos serviços públicos.