Enviada em: 15/05/2017

No Brasil, o acesso à saúde revela-se cada vez mais limitado. Dentre os aspectos relevantes, destacam-se a segregação social na prestação do serviço público e a negligência estatal em assegurar direitos fundamentais como propulsores dessa grave crise.    Nesse contexto, a Constituição Federal garante atendimento médico universal, mas a própria distribuição desse serviço contraria o ideal de igualdade. Corroborando com essa perspectiva, pesquisas revelaram que o Jardim Paulista, na zona sul de São Paulo, tem 881 leitos a mais que a Vila Medeiros, localizada na zona norte de São Paulo, denotando a severa restrição, que os moradores de áreas mais pobres, sofrem no acesso à saúde. Logo, o descaso estatal cumpre importante papel na problemática da desigualdade, solidificada pela notória segregação na disponibilização do serviço de saúde no Brasil.      Outrossim, a precariedade no atendimento médico no país fere a dignidade de cada paciente. No cenário hospitalar, a falta de médicos, material de higiene e remédios torna inviável o exercício da medicina e revela a ausência de sensibilidade dos administradores públicos diante do forte esquema de corrupção que assola o país. Sendo assim, atribui-se à negligência do Estado os óbitos diários em postos públicos de atendimento, sendo certo que os desvios das verbas públicas são diretamente responsáveis pela triste realidade da saúde no Brasil.   Diante do exposto, verifica-se, portanto, que os brasileiros encaram um sistema de saúde precário e restrito. Resta, nesse caso, à população reivindicar a transparência no uso do dinheiro público, a fim de que a destinação correta dos recursos torne possível a implementação de medidas, por parte do poder público, que traga melhorias e igualdade a esse setor de modo a garantir o mínimo existencial de cada cidadão.