Enviada em: 23/05/2017

“Caos na Saúde”, uma matéria feita pelo Globo Repórter, mostra detalhadamente o descaso nos hospitais públicos do Brasil e a falta de interesse do Estado. Essa inércia estatal totalmente irresponsável está exposta, por exemplo, na redução dos investimentos nesse setor, na falta de suprimentos medicais, e no abandono com os prédios públicos hospitalares, pondo em risco a vida e o bem estar de toda a população.     Apenas 10% dos mais de dois trilhões de reais em impostos pagos pelos brasileiros é destinado à saúde, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Esse baixíssimo investimento gera um cenário alarmante nos hospitais da rede pública, ocasionando como principais problemas a falta de medicamentos, leitos (60% dos centros com essa carência, de acordo com o Tribunal de Contas da União) e profissionais da área. Como ocorreu em Oiapoque, no norte de Amapá. Os médicos da cidade reclamaram no jornal o Globo sobre a necessidade de mais leitos, higiene e alimentação, além de medicamentos, visto que os próprios pacientes tinham que custear os seus remédios.   Além disso, o SUS (Sistema Único de Saúde), criado para inserir a população mais pobre nos centros de atendimento, é também defeituoso em relação à aplicação de capitais e demora de atendimento. Esse conjunto de déficits são os causadores das superlotações, péssimos atendimentos por falta de suprimentos, de cada vez menos profissionais dispostos a trabalhar nos locais, e poucas vagas, que ocasionam em mortes nas filas por espera, tal como ocorreu com Yasmim Monteiro. A menina de apenas sete anos morreu por falta de atendimento hospitalar após sentir dores fortes na barriga e na garganta, no Distrito Federal.   É de grande relevância, portanto, que o Estado “volte os seus olhos” para uma questão vital do país. Assim, o Ministério da Saúde deverá disponibilizar de uma porcentagem maior de verbas para esse setor e para o SUS, aumentando desse modo o número de leitos e vagas, remédios em geral, máquinas para realização de procedimentos cirúrgicos, bem como reformas em hospitais com estruturas precárias. Com isso, o ambiente será menos devastador, as pessoas serão atendidas com maior qualidade, diminuindo o tempo de espera e uma possível morte, disponibilizando de medicamentos para uma possível melhora.