Enviada em: 28/08/2017

É de conhecimento geral que o setor público de saúde do Brasil não atende a demanda populacional e, por conseguinte, o sistema não proporciona a todos os seus direitos. De fato, enormes filas de espera, hospitais lotados e a falta de atendimento rápido às pessoas são fatores que apontam a ineficácia do sistema. Nesse contexto, a problemática é relacionada à insuficiência de leitos, à estrutura precária e à falta equipamentos médicos e remédios em hospitais públicos. Isso acontece não só pela carência de investimento no setor público de saúde e escassez de hospitais, mas devido a problemas de gestão dentro dos hospitais e esquemas de fraude e corrupção por parte do governo.   Em primeiro plano, é válido considerar que não são todas as cidades brasileiras que dispõem de hospitais e, muitas que possuem, têm sua estrutura inapropriada, uma má gestão e esquipamentos insuficientes. De fato, muitas cirurgias, internações e consultas não são realizadas devido à falta de leitos disponíveis, proporcionada pela má administração e pelo pouco investimento na saúde. Basta observar os Dados do Tribunal de Contas da União (TCU), os quais indicam que 64% dos hospitais brasileiros estão sempre com superlotação de leitos. Tudo isso gera um despreparo no setor público para atender as pessoas e impossibilita que o sistema seja aplicado em sua plenitude.   Além disso, um dos fatores relacionados à pouca disponibilidade de investimento na saúde são os esquemas de roubos e corrupção por parte dos políticos. De fato, os desvios desse dinheiro impossibilitam o investimento necessário na construção de hospitais e agravam a precariedade das unidades já existentes. Exemplo disso são os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, os quais apontam que, devido à corrupção, mais de um terço do dinheiro que deveria ser destinado à saúde foi desviado nos últimos anos. Tudo isso agrava o sistema e, como consequência, gera aumento nos índices de mortalidade no país e disponibiliza maior proliferação de doenças dentro da sociedade.    É incontestável, portanto, que o sistema brasileiro de saúde pública está longe do ideal, e este, impossibilita a garantia dos direitos aos cidadãos. Desse modo, medidas fazem-se urgentes. Sendo assim, é preciso que o governo direcione mais investimento para a área de saúde do que em outras áreas, como na construção de hospitais públicos em todas as cidades, na compra de remédios e utensílios médicos e na adoção de um sistema mais eficiente de gestão de leitos, consultas e exames. Ademais, cabe ao governo proporcionar maior punição aos indivíduos envolvidos com corrupção na saúde e, com ajuda da mídia, possibilitar a divulgação de tal criminalidade e seus responsáveis. Desse modo, torna-se possível a saúde no Brasil caminhar para melhor e seus problemas mais evidentes serem aliviados.