De um lado, o sonho do estetoscópio e do jaleco branco. Do outro, a falta de estrutura e de um atendimento dedicado. Os problemas de saúde no Brasil envolvem diversas esferas, mas sabe-se que o mau atendimento por parte dos profissionais pode levar a um diagnóstico equivocado ou fazer com que o paciente abandone o tratamento. Enquanto a medicina é muito sonhada e glamourizada, planos de saúde fazem dos médicos fantoches de seus lucros e afastam centenas de indivíduos da realização profissional de seus sonhos. Primeiramente, como a saúde pública no Brasil não possui condições de atender a todos os necessitados, os planos de saúde são, muitas vezes, a solução mais econômica encontrada por muitos. Porém, apesar do alto custo para o contratante, o valor recebido pelo médico é muitas vezes quase que irrisório, levando-o à necessidade de realizar atendimentos "express" em detrimento da qualidade. Ainda nesse cenário, muitas vezes essa não é a expectativa do estudante de medicina que, inicialmente, foi motivado por ajudar aos outros, mas o cenário atual o faz ser mais cientista do que ser humano e esquecer que está lidando com uma pessoa que tem seus medos e angústias. Um trabalho a favor de uma visão mais certeira do cenário real no Brasil é essencial para a formação de melhores médicos no futuro. Por fim, conclui-se que muitos estudantes ingressam no curso com uma linda visão de salvar e impactar vidas, portanto é necessário que essa meta permaneça ao longo da carreira, independente das dificuldades mercadológicas. As universidades têm o dever de orientar um estudante quanto aos desafios da carreira e focar em um atendimento humanizado. É importante, também, que os conselhos de medicina e ONGs incentivem o trabalho voluntário como forma de despertar o lado humano dessa classe.