Mediante as grandes conquistas promulgadas pela constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde ( SUS ) ratificou a democracia do país uma vez que universalizou o direito à saúde pública. Dessa forma, tanto aqueles que desfrutam do sistema suplementar-planos de saúde- quanto cidadãos de baixa renda com ou sem carteira assinada podem acessar o SUS. Entretanto, essas garantias constitucionais são amputadas na medida em que não há equidade e qualidade nos atendimento hospitalares. O Brasil apresenta disparidades na distribuição de verbas entre os estados. Consoante Zygmunt Bauman a saúde líquida é refletida por políticas públicas de contenção econômica que impedem a concretização dos direitos sociais. Nesse âmbito, os recursos limitados são melhores distribuídos nos grandes centros urbanos onde há maior quantidade de médicos especializados. Por conseguinte, áreas mais pobres do país, como o Norte e Nordeste, acabam sendo prejudicadas por não terem suas necessidade -taxas de mortalidade e morbidade- priorizadas . Além disso, a saturação do SUS impede a eficácia de um atendimento de qualidade para todos. Nesse contexto, a insatisfação com o mercado suplementar aumenta a procura pelo SUS fomentando, assim, o crescimento das filas de espera bem como a escassez dos recursos limitados. Sob essa perspectiva, é necessário que haja uma consciência coletiva que priorize hábitos saudáveis a fim de diminuir a demanda que prejudica o acesso dos mais necessitados aos hospitais públicos. É imprescindível, portanto, que o direito à saúde seja igualitário e de qualidade. Para que entraves nesse sistema sejam sanados é mister uma relação de mutualismo entre a sociedade e as ONG's. Essa para organizar petições que mobilizem os cidadãos a cobrar o extermínio de cortes no SUS como também maior direcionamento das verbas públicas para os hospitais. Aquela para reivindicar dos representantes municipais, estaduais e federais um modelo eficiente de saúde pública e privada em todos os estados através de manifestações e abaixo-assinados.