Enviada em: 17/10/2017

Em 1988, foi instituído no Brasil o Sistema Único de Saúde (SUS), que passou a oferecer a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e gratuito a serviços de saúde. Os desafios da saúde pública, no entanto, são muitos, cabendo ao governo atenção ao elaborar soluções para os problemas, prevenindo e garantindo a qualidade dos serviços prestados.  Segundo o médico Drauzio Varella, o sistema de saúde brasileiro é centrado quase que exclusivamente no tratamento da patologia, tornando, portanto, o investimento em infraestrutura e saneamento básico insuficientes. Tais investimentos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), economizariam aproximadamente três dólares em saúde para cada dólar investido. Dessa forma, nota-se a necessidade de aderir a políticas públicas de prevenção, uma vez que reduziriam a proliferação de vetores, como mosquitos e ratos, além de contribuírem para a redução da poluição das águas.  Outrossim, a má administração e a baixa quantia destinada ao SUS desencadeia uma série de problemas, como a falta de materiais e profissionais, insuficiência na infraestrutura e consequentemente a superlotação dos hospitais. Esses problemas tendem a se agravarem, uma vez que a expectativa de vida dos brasileiros aumentou, por conseguinte, já que as funções metabólicas do corpo vão reduzindo com o envelhecimento, o número de pessoas com algum tipo de doença irá aumentar.  Logo, para garantir o direito constitucional à saúde é necessário que o Ministério da Saúde amplie as políticas de prevenção, com obras de saneamento e campanhas imunológicas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país onde menos de metade da população conta com saneamento básico. Ademais, cabe ao Governo Federal, o aumento da destinação do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor da saúde, viabilizando, assim, o atendimento de uma maior parcela da sociedade.