Enviada em: 01/11/2017

Na segunda metade do século XX foi promulgada a constituição federal de 1988, que assegura os direitos dos cidadãos brasileiros como à saúde. Atualmente, o Brasil é o país com maior número populacional que possui um sistema público unificado de saúde, tendo que garantir serviço à todos. Todavia, é evidente que o direito constitucional não tem sido cumprido com eficiência, não apenas pela situação econômica atual, como também pelo investimento em tratamento de doenças ao invés de prevenção.     Primeiramente, a crise na economia do país afeta todos os setores públicos. Por isso, o controle econômico e estabilidade nacional é fundamental para que o direito à saúde seja garantido. Por outro lado, a falta de interesse político e desconhecimento das ações do governo levam à falta de reivindicação da sociedade. Segundo Aristóteles, o homem é um animal político. Assim, deve participar democraticamente das decisões públicas em busca de melhores condições para uma vida saudável.     Além disso, campanhas eleitorais estão sempre focadas em construções de hospitais e postos de saúde, porém, quase nunca em meios de prevenção de surtos e doenças. Segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, apenas 50% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto. Nesse contexto, grande parte da população está vulnerável a doenças gastrointestinais graves como a esquistossomose e leptospirose precisando, então, de internação e medicamento, que geram gastos muito maiores em relação a investimentos em tratamento e coleta de esgoto.       Portanto, medidas para que o direito à saúde seja garantido devem ser tomadas. Nesse sentido, a sociedade deve participar ativamente da política, reivindicando o direito à saúde e propondo ao governo investimento em educação e tecnologia para que o país cresça economicamente e possa investir mais nesse setor. O Ministério da Saúde, por sua vez, deve investir amplamente em medidas profiláticas, levando saneamento básico às cidades e continuar realizando campanhas midiáticas de orientação à população em relação as formas de evitar-se epidemias atuais como a dengue. Dessa forma, em longo prazo, o Brasil oferecerá saúde de qualidade para todos.