Enviada em: 20/05/2019

O Estatuto do Idoso está vigente desde 2003, no qual estabelece garantias inerentes à qualidade de vida do idoso. Sob essa concepção, a prática corrompe a teoria, posto que há dificuldade de efetivar os devidos direitos da terceira idade. Isso se evidencia não só pela negligência governamental, como pelo menosprezo da sociedade.        Em primeiro plano, a transição demográfica configura um novo cenário, no qual a velocidade do envelhecimento tem superado a implementação de ações. Sabe-se que a Constituição Cidadã de 1988, garante a qualidade de vida dos idosos, entretanto o Poder Público não cumpre efetivamente com tal legislação, uma vez que falta investimento na infraestrutura para maior acessibilidade e ampliação da atenção à saúde e bem-estar do idoso. De acordo com John Locke, isso representa uma violação do Contrato Social. É imprescindível que se dê mais importância a esse grupo que tanto fez pela sociedade.        Não obstante, é preocupante o abandono dos idosos pelos mais jovens, devido a falta de incoerência e conduta desrespeitosa. Segundo o IBGE, a expectativa de vida aumentou mais de 30 anos desde a década de 1940, com ela cresce também o número de casos de agressão oculta contra esses fragilizados e a dificuldade de denúncias, além da desobediência nas filas preferenciais e estacionamentos. Infelizmente, a desvalorização da terceira idade é pertinente e necessita-se de maior atenção.       Com essas constatações, observa-se que esse grupo menosprezado necessita de melhores condições de vida. Desse modo, o Ministério dos Direitos Humanos, em parceria com a mídia, deve inserir formas de explanação sobre a temática, por meio de palestras e debates que levem à reflexão e conhecimento do descaso vivenciado, disseminando a valorização dos idosos e incentivando as denúncias em caso de agressão e abandono. Assim, a problemática será reduzida e possibilitará a plenitude dos direitos sociais da melhor idade.