Enviada em: 20/06/2019

No Brasil hodierno, a questão da terceira idade apresenta-se como uma discussão de caráter social. Isso se deve, sobretudo, à falta de políticas públicas mais aplicadas nessa questão com intuito de preservar o direito e, também, à ausência de uma educação mais expansiva que incentive as pessoas a terem mais empatia ao idoso. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando combater os problemas acerca dessa problemática.    Em verdade, no início do século XX, o pensamento dominante no Brasil estava vinculado a uma segregação da pessoa idosa, sendo o envelhecimento visto como algo negativo. No entanto, essa mentalidade se modificou ao longo do tempo, sendo a Constituição Federal de 1988 um marco para reconstituir uma nova visão sobre o envelhecimento, já que o idoso passa a ter seus direitos como salario de aposentadoria e pensão, garantia de amparo pela família e o Estado, gratuidade em transportes coletivos entre outros. Assim, o perfil do idoso vem se modificando, emergindo uma representação social, com um idoso mais ativo, participativo e conhecedor de seus diretos. Logo, conforme pesquisa feita pela Organização Mundial de Saúde, até 2050 um em cada três brasileiros será idoso, urge a melhoria dos serviços de saúde do país e nas medidas de proteção ao idoso previstas pelo Estatuto do Idoso.   Outrossim, é importante ressaltar a necessidade de uma educação mais expansiva capaz de ensinar aos indivíduos a desenvolverem o sentimento de empatia pelo idoso, uma vez que a violência física e psicológica que essas pessoas sofrem, até mesmo dentro do próprio lar, comprometem a sua integridade mental, podendo gerar vários problemas de saúde como a depressão. Isso acaba demostrando a falta de empatia destacada pelo sociólogo Zygumunt Bauman. Assim, conforme enfatizado pela escritora Simone Beauvoir em seu livro “ A Velhice”, no qual a autora propõe uma mudança social de forma a desmistificar os preconceitos em torno da velhice, mostrando a importância do idoso para sociedade.    Dessa forma, fica evidente a necessidade de superar os desafios em torno dos direitos da terceira idade no Brasil. Para tanto, o Governo Federal deve criar mais políticas públicas com intuito de oferecer melhores condições de saúde, lazer e entretenimento para a população idosa. Cabe-lhe, ainda, em parceria com as instituições educacionais, por meio de disciplinas como a Geografia e a Sociologia, criar projetos que visem mostrar aos jovens a importância de respeitar os ensinamentos passados pelos idosos para a construção de uma sociedade mais solida e justa. Ademais, cabe às ONGs, criar projetos sociais, por intermédio de palestras e debates com especialistas na área da saúde como médicos geriatras, em âmbito social, visando orientar a população sobre a necessidade de políticas de proteção ao idoso.