Enviada em: 11/09/2017

É indubitável que, nos últimos anos, o processo de revolução demográfica aponta para um maior número de idosos na sociedade brasileira, isto é, que a terceira idade está vivendo mais. Entretanto, a qualidade desses anos ainda deixam a desejar. Destarte, faz-se necessário analisar os motivos pelos quais a população idosa continua a enfrentar entraves que comprometem sua qualidade de vida.       De acordo com o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos representam mais de 12% da população do país. Todavia, percebe-se o pouco investimento governamental na estruturação adequada dos ambientes, sobretudo, urbanos, para facilitar o acesso do segmento. Outrossim, é fundamental pontuar, ainda, segundo o Ministério da Saúde, a falta de verbas públicas para manter os postos de saúde e farmácias com medicamentos mais indispensáveis, tais como os de diabetes e hipertensão, doenças que acometem mais de 50% da população idosa. Não bastasse, existem enormes burocracias para o acesso à previdência social. Fatores esses que impedem o bem-estar dos idosos na sociedade.                         Ademais, é válido ressaltar que, graças à Constituição frouxa, persistem os casos execráveis de violência contra o segmento. Tal afirmação é corroborada com os números declarados pelo Estatuto do Idoso, os quais revelam partir do âmbito familiar a maior parte das agressões reportadas às delegacias. Isto preocupa psicólogos, já que a terceira idade é uma etapa do ciclo de vida carente de cuidados especiais, a fim de que não sejam acometidos por depressão e outras doenças psicológicas.      Levando em consideração os aspectos supracitados, é preciso ações prementes, no intuito de garantir qualidade de vida à terceira idade. Para tanto, é necessário que o Governo Federal, em parceria dos governadores estaduais e Prefeituras, em conjunto, invistam em infraestrutura adequada, como rampas e elevadores, em benefício do acesso dos idosos. Em adição, urge que o Ministério da Saúde exija do Governo maiores investimentos na área, distribuindo medicamentos na quantidade suficiente para os postos de saúde e farmácias. Por fim, o Congresso Nacional deve criar leis rígidas que julguem e condenem qualquer ato de violência, seja ela física ou psicológica, contra idosos. Quem sabe, assim, a terceira idade possa ser vivida com mais qualidade e segurança.