Enviada em: 06/10/2017

A historiografia mostra que o Império Romano da Antiguidade a expectativa de vida girava em torno dos 30 anos. Esse baixo tempo de vida devia-se ao fato de que, na época, as condições de higiene eram precárias e contribuíam para a disseminação de doenças. Quanto aos dias de hoje, a realidade é outra: os índices de longevidade estão cada vez mais crescentes e reforçam a necessidade da devida atenção à questão do idoso e sua qualidade de vida, bem como seu papel na sociedade.    Em primeiro lugar, pode-se afirmar que, diferentemente da Roma Antiga, as condições salutares mudaram. Com o advento da Revolução Tecno-Científica do século XX, o desenvolvimento de medicamentos usados no controle de doenças - consequentemente na conservação e/ou recuperação da saúde - aumentaram substancialmente, resultando também na alta expectativa de vida até em países de Terceiro Mundo. De acordo com o último censo do IBGE de 2012, existem 24,85 milhões de idosos no Brasil. Esses representantes de mais de 12% da população além de terem acesso a certos métodos relativos à saúde, também possuem direitos garantidos pela Constituição Federal e Estatuto do Idoso, como o direito à saúde, alimentação, educação e cultura. Esses fatores, decerto, representam um lado positivo em relação à vida do idoso.    No entanto, apesar das garantias asseguradas pelo Estado, como a dignidade e proteção, é comum os idosos sofrerem com casos de violência - tanto psicológica como física - sendo desrespeitados e tratados com descaso. Um exemplo disso foi o conteúdo apresentado num vídeo que viralizou nas redes sociais de uma idosa sendo agredida com golpes de vassoura pela própria sobrinha no Paraná. Esse tipo de prática tem sido bastante comum contra idosos, realizados pelos próprios familiares, os quais passam a olhar seus parentes de maior idade como um incômodo. Além disso, também é notório uma omissão do Estado no que tange a falta de apoio a instituições e casa de ajuda e abrigo aos indivíduos mais velhos. Ademais, embora os órgãos públicos invistam na melhoria da salubridade, o SUS ainda mostra elevados níveis de superlotação e ausência de infraestrutura adequada para os idosos, pois segundo o jornal Gazeta do Povo, mais de 70% dos idosos dependem dos serviços do SUS.    Portanto, existem alguma medidas a serem tomadas para a minimização dos problemas relacionados ao cotidiano do idoso e a maximização de sua qualidade de vida. Uma delas é o papel da mídia em promover campanhas que despertem o senso crítico da população acerca dos direitos dos idosos