Sobretudo a partir da década de 60,por meio de avanços na área da medicina e a ampliação do acesso populacional à água tratada e saneamento básico,houve o aumento da expectativa de vida do brasileiro.Concomitantemente, o engajamento da mulher no mercado de trabalho provocou a redução das taxas de natalidade.Esses fatos apontam para a futura predominância de idosos no país.Diante dessas projeções,questões são levantadas acerca da garantia dos direitos da terceira idade. Ao contrário de países que já enfrentaram o processo de transição demográfica,como é o caso do Japão e do Canadá,por exemplo, é perceptível que o Brasil ainda não assegura à população senil o amparo adequado.Isso pode ser visto por meio de dados divulgados pela Delegacia de proteção ao idoso (DPID),em que apenas em 2015 houveram 400 casos de denuncias ligadas a maus tratos,abandono ou desvio de pensão.Parte desses crimes refletem a extrema valorização da juventude em detrimento da terceira idade no território nacional. Ademais, é evidente que as conquistas proporcionadas pelo Estatuto do idoso não são usufruídas integralmente por parte dessa população.Isso ocorre não apenas por meio de empresas ou instituições que burlam o acesso a direitos legais por parte da terceira idade.Muitos idosos não estão cientes de seus benefícios,como é o caso da proibição do reajuste dos planos de saúde embasados na faixa etária ou 50% de desconto em atividades de lazer,cultura e esporte. Portanto, através do que foi mencionado anteriormente,medidas devem ser adotadas a fim de assegurar a garantia dos direitos à terceira idade.Nesse viés, cabe ao Governo federal ampliar o número de campanhas midiáticas que divulguem à população os direitos proporcionados pelo Estatuto do idoso, bem como a existência de órgãos de proteção , como é o caso da DPID. Como se não bastasse, o Ministério da educação deve incorporar à grade curricular das escolas nacionais trabalhos e gincanas que conscientizem os estudantes da importância de se valorizar e respeitar os idosos.