Enviada em: 07/04/2019

Ao analisar o setor dos trabalhadores domésticos seis anos atrás, observa-se um reflexo do Brasil escravocata.Na medida em que os direitos trabalhistas chegavam em outros setores da economia, a insegurança trabalhista dos empregados domésticos aumentavam diariamente.Apenas em 2013, o conjunto de leis conhecido como "PEC das domésticas" foi aprovado abrindo caminho mais amplo para disscussão da necessidade de tais leis e o que elas representam.   A crônica 19 de Maio de 1888 de Machado de Assis apresenta Pancrácio, um escravo que logo após a lei Áurea se vê obrigado a permanecer na casa do patrão por um pequeno salário e agressões físicas e psicológicas. De acordo com a ONG Reporter Brasil, apenas 10% dos trabalhadores domésticos no mundo possuem as mesmas garantias dos demais profissionais. Dessa forma, observa-se a vulnerabilidade desses trabalhadores que por falta de perspectivas ou oportunidades encontram-se em situações semelhantes à de Pancrácio.  Dentre as dificuldades do trabalhor Doméstico do Séc. XXI, está o abuso de carga horária e inseguranças com relação ao seguro desemprego e acidentes de trabalho. Mesmo com a aprovação da PEC das domésticas, a informalidade desse tipo de trabalho ainda prevalece, a ONG Reporter Brasil relata que apenas 30% dos empregados domésticos possuem carteira assinada no Brasil.  Por conseguinte, ao reconhecer as dimensões do trabalho doméstico, observa-se que a concessão de direitos trabalhistas à tal parcela é um avanço no combate a mentalidade escravocata ainda presente no Brasil.Em contrapartida existe a necessidade de maior adesão desses direitos trabalhistas,dessa maneira,o Ministério do Trabalho e Emprego em conjunto com as mídias de comunicação necessitam de divulgar a importância do trabalhador doméstico ter carteira assinada por meio de propagandas e depoimentos. Destarte, o trabalhador doméstico poderá desfrutar dos mesmos direitos que os demais trabalhadores brasileiros.