Enviada em: 18/08/2017

"O Brasil, último país a acabar com a escravidão, tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso". Tal pensamento de Darcy Ribeiro, evidencia-se no desafio diário de cada trabalhador doméstico no Brasil. Cabe, no entanto analisar as condições formadoras de tal problema, tais como pré-julgamento, de origem histórica, e os poucos diretos de proletariado.    É preciso compreender que o preconceito tem suas origens na época colonial, na qual as mucamas, escravas domésticas, tinham a mesma função das atuais empregadas. Isso acontece, pois com o fim da escravidão a necessidade de alguém limpar a casa ainda existia. Logo, a perpetuação deste trabalho, trouxe o preconceito enraizado.    Além disso, a maioria das domesticas recebem pouco mais que a metade do salário mínimo, a falta de fiscalização faz com que os proletariados não busquem seus direitos, como carteira assinada, limite de horas trabalhadas semanalmente, intervalos para refeições e afins, férias e décimo terceiro salário, ou até mesmo nem os conheça.    Tudo isso colabora para que haja debate sobre os direitos trabalhistas. Cabe ao ministério do trabalho fiscalizar a aplicação devida das leis e punir aqueles que não a cumprirem. ONG`s podem criar palestras para que os trabalhadores conheçam seus direitos. Já a população deve criar páginas nas redes sócias que tragam aprendizado sobre o tema e consciência para extinguir o preconceito. Assim sendo, o Brasil crescerá e se tornará realmente um país de todos.