Enviada em: 09/10/2017

É histórica a desvalorização do emprego doméstico feminino na sociedade. Até meados do século XIX, a sociedade era o modelo perfeito do fechado mundo patriarcal. Nessa época, a mulher restringia-se às quatro paredes de sua casa. E devido à esse passado, ainda perderam resquícios da desvalorização do emprego doméstico. Mas, esse cenário teve significativos avanços graças às árduas batalhas femininas.   A precariedade e a desvalorização do trabalho feminino é um processo histórico. As lutas por melhores condições de trabalho foram incessantes. Em 1908, trabalhadoras de uma fábrica têxtil, em Nova York, declararam greve em protesto às condições insalubres de trabalho. Essas operárias ocuparam a fábrica, o patrão prendeu-as na mesma e incendiou o local, matando 129 trabalhadoras. Ademais, após o acontecido, dia 8 de Março ficou marcado como o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.   Portanto, apenas por inúmeras batalhas travadas pela classe feminina é que a mulher começou a ter maior participação e valorização na sociedade. Um grande avanço nessa questão é o aumento da participação da mulher na política, até mesmo no cargo de Presidente da República. A regulamentação da profissão de empregada doméstica foi feita apenas em 2012, um ano antes de ser promulgada a PEC das domésticas. Assim, com essa PEC a profissional do lar passou a ter salário mínimo fixo em lei, licença maternidade de 120 dias, jornada de trabalho de 44 horas por semana, repouso semanal, férias anuais e 13º salário.   Portanto, visando solução definitiva à persistência do passado histórico de desvalorização do trabalho doméstico, é fundamental a regulamentação de leis que estão em trâmite. É essencial que o Poder Legislativo promulgue leis que assegurem seguro desemprego, FGTS, remuneração ao trabalho noturno à empregadas que moram na casa dos patrões. Ademais, o Poder Executivo, tem o dever de garantir que as leis existentes sejam cumpridas, principalmente a que proíbe diferença salarial por sexo, idade, cor ou estado civil, acabando assim, com resquícios do passado preconceituoso.