Enviada em: 22/04/2018

Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, defendidos na Revolução Francesa, buscam a aquisição de direitos para todos. O Brasil é um país democrático, contudo, o acesso aos direitos humanos não é uma realidade para grande parte da população. Portanto, é necessário discutir sobre as causas e os efeitos desse acesso restrito, além do desrespeito a esses direitos.        Nesse contexto, é válido ressaltar que o princípio da Isonomia, presente na Constituição Federal Brasileira, garante igualdade a todos perante a lei, porém, isso não acontece na prática. O acesso a direitos básicos como saúde, educação, moradia, alimentação e segurança, não são acessíveis a todos e sim, aos que possuem melhores condições econômicas. Com isso, nota-se que a desigualdade social é um dos grandes causadores desse acesso restrito.        Assim, pode-se inferir que as instituições estatais não funcionam como deveriam. Como exemplo, pode-se citar a escola. De acordo com sociólogo Pierre Bourdie, os pobres em capital econômico e cultural investem menos na educação dos filhos por não acreditarem que possa trazer-lhes futuro. Em contrapartida, os ricos pagam por um ensino qualificado e se tornam bons profissionais. Nesse âmbito, observa-se que o diferente acesso a um direito básico, gera consequências futuras.        Ainda convém lembrar que o desrespeito aos direitos é perceptível na sociedade. Situações como: policiais que tratam civis de maneira diferente, de acordo com a cor ou condição social, o aumento das moradias de risco e o preconceito, que é cada vez mais difundido, são evidentes. Além disso, o desconhecimento dos direitos e deveres por muitos, prejudica o bom funcionamento social. O sociólogo Durkheim, ao dizer que a sociedade é como um “organismo vivo”, ressalta que, para garantir esse bom funcionamento, cada um deve ter consciência de sua parte e executá-la devidamente.        Sendo assim, o Governo pode buscar alternativas para reverter esse quadro, através da criação de mais programas sociais, como o Bolsa família, visando a inclusão dos menos favorecida. Em adição, as Escolas podem auxilar no desenvolvimento da mentalidade crítica dos alunos, por meio de projetos pedagógicos, para que eles busquem alterar a realidade. Por último, as famílias podem incentivar o exercício da alteridade dentro de casa, por meio do diálogo e exemplo. Assim, os ideias propostos pela Revolução Francesa poderão ser atingidos.