Enviada em: 22/04/2018

Em 1500 os portugueses chegaram à terra desconhecida nomeada como Brasil, impondo seus costumes e crenças em detrimento da cultura do povo indígena e dos escravos africanos trazidos devido à sua mão de obra, proibindo-os de suas práticas religiosas. Apenas no século XX os rituais africanos deixaram de ser perseguidos e os negros foram livres para vestirem e praticarem aquilo que creem. No entanto, hodiernamente, a sociedade tem se apropriado de vestimentas e acessórios que antes eram exclusivamente do povo afrodescendente, sem conhecer devidamente sua história e suas origens.        Em primeira instância, é válido ressaltar que as empresas produtoras de objetos e roupas diretamente associadas à cultura africana não têm preocupação em propagar a verdadeira origem dos produtos. Nesse sentido, os comerciais repassam para o público uma ressignificação do produto, tornando-o apenas mais um acessório a ser comercializado. Por conseguinte, o desconhecimento perpetua a sociedade.              Outrossim, uma parcela da sociedade que usufrui de tais objetos não têm interesse em explorar suas histórias. Contrariando o pensamento do filósofo grego Aristóteles, o qual declara que “o conhecimento é o ato de entender a vida”, a população permanece estagnada na desinformação, não compreendendo a originalidade do acessório comprado, devido à falta de incentivo e a pouca disseminação do conhecimento afrodescendente.        Portanto, indubitavelmente, medidas eficazes devem ser tomadas para a mitigação dessa problemática. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação em ação conjunta com o Ministério dos direitos humanos propagar o conhecimento sobre os adornos do povo africano, através da imposição de comerciais voltados para a divulgação da cultura de origem do objeto, roupa ou acessório comercializado, além de propor campanhas educativas em escolas sobre a história da população afro-brasileira, com o objetivo de atingir todas as faixas etárias em relação às origens desses produtos frequentemente utilizados na atualidade.