A apropriação cultural tem sido tema de intensos debates na atual sociedade, onde o objeto de discussão concentra-se no uso de elementos de certa cultura por pessoas não pertencentes a ela. Por exemplo, do uso de turbantes por mulheres que não possuem afro-descendência. Ao determinar que certo acessório cultural é único para os nativos, cria-se um atmosfera de exclusividade, esta, por sua vez, uma atitude descriminadora e egoísta, pois é a miscigenação de culturas que une os homens. É criticado principalmente o ato de utilizar-se de elementos culturais para denegrir a imagem do mesmo, quando na realidade, não é isso que ocorre. Muitas das vezes, determinado acessório está inserido nas atuais tendências de moda, e por consequência, aqueles que vivem nesse mundo, aderem ao uso deste vestuário. A música não tem cor, não é de extrema necessidade que se viva em condições precárias para escutar a música que vem do gueto, mas é fundamental que se tenha em mente o real objetivo da letra, que é mostrar ao mundo as inúmeras dificuldades vividas, e não só para agradar a alta sociedade em suas coberturas afundadas em dinheiro, bebidas e drogas. Define-se então a apropriação cultural como um tema não tão pertinente, mas que não pode ser ignorado, é errado elitizar uma cultura que vem do morro, assim como é errado proibir que alguém use certo elemento já que não pertence ao universo no qual tal cultura se faz presente.