Vivemos em uma sociedade consciente, a qual, julga-se que tem noção plena de seus direitos e deveres. E, com esse conhecimento, aparecem as discordâncias e polêmicas na mídia. Um exemplo recente é o caso de uma mulher com diagnóstico de câncer, que devido a quimioterapia perdeu seus cabelos. Então, como forma de amenizar a situação, decidiu usar um turbante, porém algumas opiniões à isso foram um tanto adversas. E o ato de usar o turbante foi considerado apropriação cultural. Muitos consideraram errado ela utilizar-se de uma cultura de minoria sendo uma mulher branca, afinal, há centenas de anos de opressão aos negros e seus hábitos. Porém, esse comportamento não deve ser incentivado. Sim, a escravidão foi algo que trouxe sofrimento e é um motivo de vergonha à humanidade, mas não se deve responsabilizar alguém hoje em dia pelo que ocorreu no passado. Além do mais, a intenção da mulher não foi ridicularizar ou fazer pouco da vestimenta, mas apenas para seu benefício. Portanto, não é correto rechaçar essa mulher. Porém, há mais do que um caso a ser tratado. Também há situações em que indivíduos se utilizam da cultura de outros povos apenas para falar mal, seja por racismo ou por mera ignorância. E, tais casos, devem ser encarados seriamente, além do mais, racismo é um crime seríssimo. E nesse ponto, é interessante se utilizar da internet para conscientização, pois esse é o meio onde mais ocorrem casos de racismo e discurso de ódio. Também ensinar em escolas, pois jovens normalmente são influenciados por algumas ideias radicais e controversas. Concluindo, a ideia da apropriação cultural em si não é o problema, mas na verdade a forma como o indivíduo vai se utilizar da cultura de outros. Pois, é possível tanto a ridicularização da cultura quanto a adaptação à uma nova situação, como a da mulher com câncer. E é exatamente por isso que, deve-se ensinar pelas escolas e pela mídia algumas formas de encarar tais situações, como identificar algum caso de apropriação cultural e se ele realmente é agressivo com o povo de certa cultura.