Enviada em: 04/11/2017

Cultura é tudo aquilo que o ser humano faz ou pensa, o uso de elementos e símbolos de outros grupos apenas como forma de seguir uma moda ou apresentar exotismo, pode gerar desconforto naqueles de onde foi oriundo esse segmento. Diante desse cenário, essa prática  apresenta falta de empatia, somada a uma falsa concepção de sociedade brasileira, sendo assim, gera desrespeito a certas minorias.       Primeiramente, destaca-se a dificuldade de se colocar no lugar do outro. Isso ocorre porque o indivíduo branco de uma elevada classe social que utilize uma vestimenta característica negra, talvez não saiba a história de tais adornos, e muito menos a dificuldade de ser um afrodescendente no Brasil. Dessa forma, a adoção do modismo acaba tornando-se um fato social como levantado por Durkheim, onde através de uma coerção externa algo é visto como comum e introduzido ao cotidiano, visto o aumento do número de lojas com a temática Rap, com roupas caríssimas, oque contradiz sua origem.       Outro fator a ser levado em consideração se refere a falsa harmonia que a apropriação cultural causa. Pois aparenta um meio social de miscigenação racial em que todos possuem as mesmas oportunidades e sua classe não interfere no dia-a-dia, nem no modo como os indivíduos são tratados nos diferentes ambientes. Assim, tal fato remete ao livro Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, que retratou uma relação ilusória de boa convivência entre a classe dominante e a reprimida no período da escravidão no país.       Convém, portanto, para que a apropriação não gere transtorno e banalize lutas passada. A fim de que se miniminize esse cenário, que os cidadãos busquem conhecer a história e a contemporaneidade de certo povo, evitando desrespeitá-los banalizando sua cultura como algo festivo. Por sua vez, o Governo Federal deve expandir o sistema de cotas, aumentando a inserção dessas minorias na sociedade.