Enviada em: 11/12/2017

A apropriação cultural veio à tona, principalmente, com o novo modo de comunicação, a internet, que torna todas as situações passíveis de observação e crítica por qualquer pessoa e em qualquer lugar do mundo. Há quem concorde que existe uma apropriação cultural e aqueles que não acreditam em padrões exclusivos de uma única cultura.       A cultura, é uma palavra que pode ser usada para denegrir grupos, definindo-os como "sem cultura", coisa que é errada pois qualquer manifestação é cultura e, não existe superioridade ou inferioridade. Os casos midiáticos expõem a maioria das pessoas negras tendo seus traços, roupas e modos de se vestir abertos ao público, coisas que, antes eram ridicularizadas, agora tornam-se globalizadas.       A cantora Anitta, autora de grandes sucessos e forte influenciadora jovial, usa, em seus videoclipes, roupas, penteados e trejeitos negros, virando alvo de várias críticas pois ela possui a pele alva. Pelo fato dos negros terem, por séculos, sua vida ridicularizada, o ataque à Anitta é uma forma de autodefesa, que a discriminação criou. Porém, uma jovem cantora torna possível que jovens aceitem-se como são e tenham orgulho de seus aspectos culturais por conseguirem-se enxergar na mídia, o que é um traço positivo.       A apropriação cultural é um termo usado de forma errônea, por muitas vezes. A cultura negra está tendo seus aspectos abertos para o mundo e, se existir a proibição por quem não é negro, será mais uma forma de discriminação. Deve-se permitir a qualquer pessoa usar qualquer tipo de vestimenta, de trejeitos e vocabulários que desejar, desde que não rebaixe quem faz parte dessa comunidade. Precisa-se sim, aumentar a visibilidade dos que, por tanto tempo, foram excluídos, e uma dessas formas será com jovens cantores, atores e atrizes que são digital influencers para crianças e adolescentes que conseguem se ver em seus ídolos.