A apropriação cultural é a adoção de alguns elementos por um grupo de cultura diferente. Nesse processo de adoção na maioria dos casos há uma valorização que não ocorre quando o indivíduo que já é adepto utiliza desses mesmos elementos. No entanto alguns adereços são considerados simbólicos, como turbante pelos candomblecistas por exemplo, e ultimamente este e outros adereços culturais tem estado na moda gerando a discussão entre os grupos. A não valorização do indivíduo é um dos grandes problemas da apropriação, podemos tirar como exemplo famosas mulheres brancas que chamam atenção quando usam dreadlocks e indumentárias próprias da cultura negra, enquanto a mulher negra é taxada de macumbeira entre outros adjetivos racistas. Isso também ocorre na música, como o axé, que tem origem africana e faz sucesso na Bahia com a maioria de seus cantores brancos. O turbante para as mulheres negras é um símbolo de empoderamento e resistência, já no candomblé tem um significado religioso. A não valorização de suas indumentárias acaba rendendo discussão como a que ocorreu em uma estação de metrô de Curitiba onde uma jovem com câncer foi abordada por duas mulheres negras sendo acusada de apropriação cultural por usar um turbante, ela fez um poste em uma rede social que virazilou na internet. Portanto a discussão sempre vai existir e ela não deve ser tratada sempre como algo negativo, uma das formas de de melhorar a situação é que as mídias e empresas de moda não deixem de contratar modelos negras para seus catálogos e comercias com o intuito de valorizar a classe cultural oprimida, mostrando assim que moramos em um país miscigenado e com um vasto poder cultural.