Enviada em: 21/04/2018

Na obra, "Cultura: um conceito antropológico", o antropólogo Laraia expõe por meio de estudos de campo, que as determinações de gênero e seus padrões impostos às classificações, feminino e masculino, associam-se à cultura. No entanto, atualmente, indivíduos dentro desses grupos sociais, estão rompendo tais preceitos, o que gera ações preconceituosas e falta de informações de muitos sobre o assunto.      Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 86,8% dos brasileiros são cristãos, ou seja, tal parcela pode representar aversão a transgêneros, bissexuais e homossexuais, pois o cristianismo dissemina as definições divergentes e bem definidas de homem e mulher. Dessa forma, o país se enquadra como o que mais violenta a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) no mundo, de acordo com o jornal Estado de Minas, o que interfere nas condições de vida desses grupos, por serem discriminados e por conseguinte, acarreta uma gama de problemas psicológicos.      Convém ressaltar, que os problemas causados por uma sociedade preconceituosa não interferem apenas depois da pessoa se assumir, mas também antes, uma vez que, com tal impasse, o medo de ser julgado e violentado, causa estagnação na condição individual, gerando infelicidade e depressão. Porém, isso acarreta-se também pela falta de informações e discussões da temática, ocasionando leigos e seres incapazes de conviver com a liberdade de expressão alheia.      Portanto, como afirmou Laraia em sua obra, os indivíduos se prendem a imposições sociais tomadas como padrões. Logo, é necessário um trabalho mais específico do Ministério da Educação, com oficinas e palestras, para informar crianças e jovens sobre a diversidade de gênero, assim, ONGs (Organizações Não Governamentais) em conjunto com associações LGBT, por meio de ativismo social e mobilizações, construir pouco a pouco o conceito de normalidade atrelado ao diferente.