Enviada em: 27/05/2017

A disforia de gênero atualmente é debatida em vários meios de comunicação e redes sociais, entretanto pessoas transgêneros ainda sofrem discriminação e exclusão social. Nesse contexto, o indivíduo que não se identifica com o seu sexo biológico tem muitas vezes o desafio de lidar com a sua transição física por procedimentos clínicos e com a oposição da família. Desta forma, além de uma questão social, a diversidade de gênero torna-se uma questão de saúde, educação e segurança.       A filósofa Simone de Beauvoir afirma que não se nasce dentro de um gênero específico mas torna-se o gênero. Sendo assim, o gênero é algo opcional e uma construção. Nessa perspectiva, o indivíduo pode assumir o gênero feminino ou masculino, ou ainda outro que não seja esses dois.     Para alguns a dicotomia de gênero ainda é fundamentada em pressupostos religiosos e morais na sociedade. Por isso, o indivíduo transgênero enfrenta preconceitos durante e após sua transição e pode sofrer violência física e psicológica, até mesmo de pessoas em sua família.       Além disso, quem passa por transtorno de identidade de gênero opta algumas vezes por fazer cirurgia de redesignação sexual para sua transição física ao gênero escolhido. Nesse sentido, a saúde pública no Brasil já atende essa necessidade, apesar da espera por esse procedimento ser longa.       É indispensável, portanto, que haja uma preocupação das autoridades governamentais sobre o assunto para homologar leis de punição à discriminação e medidas de assistência social a pessoas transgêneros em situação de abandono. Além disso, para obter efeitos positivos em longo prazo, faz-se necessário inserção do assunto no conteúdo da educação na escola. A conscientização é a principal ferramenta para redução da violência.