Enviada em: 25/06/2017

A luta da humanidade pela conquista dos direitos percorreu diversos séculos até chegar a conjuntura atual.Entretanto,apesar da consolidação dessas diretrizes, pode-se inferir que estas não alcançaram todos os grupos sociais como os LGTB,por exemplo,evidenciado por disparidades na aplicabilidade e existência das normas inerentes a esse grupo.Apesar das recentes tentativas de inserção de políticas públicas pelo governo voltadas á essa minoria social,essa ações ainda são frágeis e facilmente sucumbidas pela gestão ineficiente do Estado e  outros agentes sociais que evocam discursos de ódio.   Primeiramente,é preciso considerar que a omissão do Estado diante ás temáticas de pluralidade de gêneros associada ás instituições sociais que afastam a tratativa de assuntos acerca desse tocante corrobora para a proliferação de atitudes hostis pela sociedade.Nesse contexto,a Constituição Federal é incontestável no que concerne a equidade de direitos,independentemente da opção sexual,repudiando ,então, atitudes que se oponham á essa definição.Contudo,paradoxalmente,representantes governamentais como bancadas religiosas fundamentalistas agem de forma ofensiva ecoando discursos como "kit anti-gay","cura gay" e ainda segundo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, a realização de protesto na Câmara contra a parada LGBT além da afirmativa de que iriam "rezar" para os ativistas.Além disso,não há projetos consistentes acerca da trabalhabilidade dessas temáticas na sociedade como a promoção de debates pedagógicos em escolas,locais em que inclusive são proibidos de serem expostas.Logo,os direitos dessa minoria são rechaçados além do questionamento da laicidade do Estado e da efetividade de seu papel como executor e mantenedor da igualdade civil.    Desse modo,infelizmente,comportamentos discriminatórios e violentos contra esse grupo social aumentam exponencialmente na sociedade brasileira.De acordo com dados divulgados pelo site Correio,em 2016  cerca de 346 LGBT's foram assassinados,ou seja, o ano mais violento desde a década de 70, tornando o Brasil um dos  países mais perigosos para essa população.Dessa forma,a violência existente como uma das maiores problemáticas da sociedade tupiniquim agrava-se ainda mais além da impunidade que permite a continuação desses atos lastimáveis.      Portanto,a reformulação da gestão pública pertinente a essa temática e o engajamento da sociedade precisam ser realinhados.Para tanto,políticas públicas precisam ser amadurecidas e executadas através da criação de grupos de implementação e acompanhamento dessas medidas a fim de adequar os resultados e permitir a estruturação desse viés resultando no reconhecimento e respeito dessa minoria.Ademais,é necessário que as instituições sociais se debrucem com afinco nesses temas por meio de diálogos com seus públicos com o propósito de tornar a sociedade mais justa e humanitária.