Enviada em: 22/07/2017

Anualmente, as paradas do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (LGBT) vão às ruas das principais cidades do mundo para chamar atenção a uma causa: a dificuldade de aceitação social perante à diversidade de gênero. No Brasil, o problema não é diferente, logo, é necessário modificar a situação, avaliando suas causas.       É indubitável que o preconceito, disseminado por uma sociedade que valoriza a figura masculina, esteja dentre os motivadores do problema. Baseando-se no determinismo biológico, teoria na qual homens e mulheres nasceriam com aptidões distintas, a mulher foi sendo oprimida, acreditando que seus instintos a direcionavam às atividades do lar, enquanto o homem foi sendo enaltecido. Com a evolução da ciência, essa premissa foi derrubada, no entanto, tornou-se um fato social, conforme estudado por Durkheim, haja vista que permanece sendo disseminada como verdade. Portanto, é necessário quebrar tal paradigma, através da educação.       Outrossim, a fragilidade das instituições brasileiras também pode ser apontada como agravante do cenário. No ano de 2017, a mídia noticiou o caso de bullying sofrido por uma transgênero, e praticado pelos próprio agentes públicos, ao dirigir-se ao exército para realizar seu alistamento obrigatório. Nesse episódio, evidenciou-se o despreparo da legislação brasileira, visto que, não apenas faz clara distinção entre homem e mulher, bem como exclui LGBTs. Desse modo, urge a adaptação do código.       Fica claro, assim, que a aceitação da igualdade sexual somente será atingida através de ações sociais e políticas. Com esse objetivo, a mídia deve promover campanhas publicitárias, veiculadas em propagandas, que conscientize os cidadãos de sua igualdade biológica. A escola, por sua vez, precisa atuar na educação a longo prazo, eliminando desde a educação infantil as distinções entre homem e mulher e, ainda, instruindo-os sobre seu liberdade de escolha sexual. Por fim, é necessário que o poder legislativo institua projeto de lei que preveja o fim da separação dos gêneros e, ainda, reforme leis vigentes que são excludentes.