Enviada em: 04/08/2017

No perpassar da história, o humanismo trouxe diferentes formas de enxergar o ser humano. As essências passaram a ser mais valorizadas e o ser humano virou objeto de pesquisa na busca pelo autoconhecimento. Na contemporaneidade, novas formas de orientações sexuais começaram a ser discutida, como a homossexualidade, bissexualidade, transexualidade, assexualidade e panssexualidade. No entanto, muitos desses conceitos são poucos difundidos na sociedade ainda hoje, gerando o preconceito. Diante disso, é preciso enxergar as problemáticas que esse problema representa e propor medidas que a minimizem.       “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” Baseado no pensamento da filósofa, Simone de Beauvoir, ninguém nasce com um gênero definido, o gênero é tido como categorias que são historicamente, socialmente e culturalmente construídos, e são assumidos individualmente através de papeis, gostos, costumes, comportamentos e representações. Diante disso, é notória como a complexidade humana é refletida na identidade de gênero e como fica vago rotular um indivíduo como binário: homem e mulher. Prova disso são as inúmeras quantidades de gêneros já identificados atualmente no mundo como, por exemplo, quase 31 gêneros reconhecidos em Nova Iorque, segundo o site de notícias, Catraca Livre.     É importante destacar, ainda, como esses preconceitos criados diante da comunidade LGBT atrapalham na sua vida social. Muitos empresários, ainda hoje, não dão empregos a pessoas transexuais, alegando a não adaptação ao cargo. Dessa forma, torna-se difícil a aceitação dessa pessoa na sociedade, ocasionada, muitas das vezes, por falta de representação. Como consequência, muitos transexuais acabam optando por um trabalho com baixa remuneração e com insegurança, como a prostituição. Prova disso são os números de transexuais que estão inseridas no mercado de trabalho como, por exemplo, a de apenas 5% das travestis e transexuais de Uberlândia estão no mercado de trabalho dito formal, segundo Associação das Travestis e Transexuais do Triângulo Mineiro.       Torna-se evidente, portanto, a necessidade de educar a sociedade a respeitar e entender as diversidades sociais. Para isso, como formadora de opinião, a mídia, através de suas plataformas, deve difundir os ideais de diversidade e respeito ao próximo. Atrelado a este posicionamento, como detentores do poder econômico, os empresários, em conjunto com o Ministério do Trabalho, deve dar oportunidades para essa comunidade LGBT, propondo leis que deem representatividade social. Tratar das formas contemporâneas de orientações sexuais e gênero nas escolas é uma valiosa ferramenta para formas uma sociedade mais tolerante e possibilitar vivermos, de fato, a harmonia.