Enviada em: 04/08/2017

Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros, intersexuais e simpatizantes. Estes são grupos inseridos da sigla LGBTTTIS, usualmente utilizada apenas como LGBTI. Na contemporaneidade, novas naturezas passaram a ser discutidas, como a homossexualidade, a bissexualidade e a transexualidade. E, apesar de existir um movimento pela aceitação, ainda é necessário muito debate e esclarecimento acerca desse tema para que barreiras, como o preconceito, sejam superadas.        Nesse contexto, é importante salientar que, segundo Sócrates, os erros são consequência da ignorância humana. Logo, é válido analisar que o desconhecimento acerca da diversidade de gênero influi decisivamente em comportamentos inadequados, sobretudo através de discriminação, contra pessoas que fogem a regra homem ou mulher. À vista disso, é interessante ressaltar que, o gênero é tido como categorias que são historicamente, socialmente e culturalmente construídos, e são assumidos individualmente através de papeis, gostos, costumes, comportamentos e representações. Por esse motivo, o conhecimento sobre tal assunto é fundamental para respeitar e compreender o direito à liberdade garantida aos cidadãos no artigo 5º da Constituição Federal de 1988.            Além disso, é cabível enfatizar que, de acordo com Paulo Freire, um seu livro "Pedagogia do Oprimido", é necessário buscar uma "cultura de paz". De maneira análoga, muitos grupos inseridos na sigla LGBT, por vergonha, medo ou a fim de evitar conflitos, hesitam em denunciar casos de preconceito, especialmente quando envolvem violência. Entretanto, omitir crimes, ao contrário do que se pensa, significa colaborar com a insistência da discriminação, o que funciona como um forte empecilho para resolução dessa problemática.      Sendo assim, é indispensável à adoção de medidas capazes de assegurar o respeito entre as diversidades de gêneros. Posto isso, a melhor forma de mudar esse preconceito e quebrar essas barreiras é falando sobre elas. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação, distribuir cartilhas com definições dos mais diversos tipos de gêneros existentes, com o fito de esclarecer pluralidade do que é ser ser humano. Em consonância, faz-se necessário que as ONGs, junto às escolas, promovam palestras acerca da liberdade de expressão garantida pela lei para que o respeito seja conquistado. Ademais, a Polícia Civil deve criar uma ouvidoria anônima, tal como uma delegacia especializada, de modo a incentivar denúncias em prol do combate à discriminação.