Enviada em: 11/09/2017

É importante ressaltar que a questão do gênero está ligada, antes de tudo, à identidade e à possibilidade do indivíduo fazer escolhas pessoais sem ser limitados ao esteriótipo imposto pela sociedade. Por isso, há dois fatores que devem ser combatidos: a resistência do país em discutir questões sobre a diversidade de gênero e o preconceito sofrido por esses indivíduos considerados fora do padrão "homem x mulher".       Apesar de o governo ter introduzido diversas leis e políticas a fim de melhorar a vida das minorias sexuais, o país é o lugar mais perigoso para homossexuais, segundo o jornal New York Times. De acordo com o mesmo jornal, isso se dá porque há relação entre a falta de diálogo sobre o assunto com a permanência da violência contra essas minorias. Além disso, o crescimento da ala evangélica na política também contribui para tal, já que se opõe abertamente aos grupos LGBT+ e acabam barrando discussões acerca desse tema.    Como consequência dessa ausência de diálogo, nota-se a falta de compreensão da diversidade de gênero. Por causa disso, de acordo com dados do GGB (Grupo Gay da Bahia), um LGBT morre a cada 25 horas, o que mostra o grau de intolerância e preconceito da sociedade com essa parte da população. Outrossim, vale evidenciar que toda essa situação traz às vítimas uma série de problemas e a criação de sentimentos e atitudes negativas, como culpa, medo, vergonha, por "não se encaixarem" na sociedade.     Diante dos fatos supracitados, nota-se que medidas devem ser tomadas para resolver esse impasse. Para tal, a mídia, importante formadora de opiniões, para driblar a falta de conhecimento da população sobre esse ponto, deve exaltar a importância dessa minoria colocando-os em papeis relevantes em novelas e séries. Ademais, o Legislativo, importante no processo de democratização, deve criar leis que torne crime discursos da Bancada Evangélica que tenham por finalidade discriminar e excluir uma parcela social, para que diminua os casos de intolerância.