Enviada em: 31/08/2017

A orientação sexual e a identidade de gênero nem sempre foram justificativa para prática de preconceito e agressão. Na Grécia Antiga, por exemplo, relações homossexuais eram consideradas normais e bastante comuns. Por isso, é possível afirmar que a discriminação de pessoas LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), muito presente no Brasil, faz parte de uma construção social e traz sérios problemas para essa parcela da população.       Primeiramente, destaca-se que pessoas de diferentes opções sexuais são vítimas frequentes de violência física. Relatos de agressões unicamente motivadas pelo intolerância ao diferente são muito comuns no país. Evidência disso é que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, segundo pesquisa de 2016. A insegurança nesse caso não se limita ao índices de violência urbana, mas se estende ao preconceito.        Além disso, a discriminação desse público reflete em outros problemas sociais. Muitas famílias expulsam os filhos de casa ao descobrirem  sua opção ou identidade de gênero devido à não aceitação. Bem como o bullying, que dentre seus diversos fatores, a homofobia e a questão racial são os mais frequentes. Sem apoio em nenhum setor da sociedade, LGBTs tendem a se sentir excluídos e desamparados.        Portanto, fica claro que esses indivíduos são constantes vítimas de uma sociedade opressora. Para reverter esse quadro, é fundamental que haja uma melhoria na segurança pública no geral. O Estado por meio do Ministério da Justiça deve investir na capacitação de profissionais da área e na melhoria das condições de trabalho, a fim de garantir o cumprimento da lei. Ademais, que o Ministério da Educação faça parcerias com ONGs que atuam na área e promova palestras nas escolas que fomentem o debate sobre a importância da tolerância com pessoas com diferentes gêneros e opções sexuais. Assim, será possível construir uma sociedade mais segura e harmônica não só para LGBTs mas também para todos.