Enviada em: 02/11/2017

A Ditadura Militar no Brasil foi marcada pela perseguição a vários grupos, um deles foram os homossexuais, tidos como ''anormais'' e ''desviantes''. Entretanto, a intolerância e o preconceito persistem na sociedade hodierna, e compromete todos os setores da vida do indivíduo em razão de sua orientação sexual. Dessa forma, cabe refletir acerca das nuances desse problema e de que maneira ele se mostra no cotidiano da população.       Em primeiro lugar, o preconceito, ainda presente majoritariamente nas gerações mais conservadoras, caracteriza-se como um entrave à inclusão desse grupo. Logo, tal fator leva a questão de gênero a ser um ponto decisivo até mesmo na hora de se candidatar a uma vaga de emprego, ao sair às ruas com seu companheiro, o que priva muitos indivíduos de se expor livremente por medo de retaliações. Prova disso são os violentos ataques contra LGBTs em São Paulo e no Rio de Janeiro, no final de 2010.        Além da problemática supracitada, outro aspecto que contribui para a persistência da intolerância aos homossexuais são mensagens preconceituosas transmitidas por figuras públicas influentes. Com isso, a população, ao possuir exemplos como esse, tem consolidada uma base sólida para perpetuar práticas discriminatórias e segregacionistas. Assim, torna-se cada vez mais difícil a luta desses grupos oprimidos em vista de serem atacados por quem deveria na verdade representá-los.        Posto isso, para que o preconceito não mais faça parte do cotidiano de qualquer pessoa, independente de sua orientação sexual, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) deve mostrar-se atuante. Por intermédio da criação de uma rede de atendimento para denunciar atitudes discriminatórias sofridas, tem-se possibilitada uma melhor investigação de empresas e outros órgãos que atuem de maneira errônea. Ademais, o Superior Tribunal Federal (STF) também possui o seu papel. Ao considerar perseguições contra o grupo LGBT crime penal, aumenta-se a parcela da população agraciada por mais políticas públicas que visem a proteção de sua integridade. Dessarte, pode-se caminhar para um país onde a perseguição e a repressão permaneçam apenas no passado.