Enviada em: 17/10/2017

De acordo com o artigo 3º inciso IV da Constituição Federal do Brasil, promulgada em 1988, promover o bem de todos sem preconceitos de origem, de raça, de sexo, de cor, de idade e de quaisquer outras formas de descriminação, é um dos objetivos fundamentais da República. No Brasil, entretanto, persistem diversos problemas associados à diversidade de gênero, entre eles, preconceitos frequentes e falta de abordagem educativa sobre identidade sexual. Logo, é imperativo que a tríade Poder Público, mídia e sociedade combatam juntos essas problemáticas.         O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Prova disso, é o fato de que a presença da discriminação preconceituosa de gênero se faz presente no cotidiano dos transexuais e transgêneros. Segundo o grupo gay da Bahia, (GGB), mais antiga associação de defesa dos homossexuais e transexuais do Brasil, o Brasil é o país que mais mata transexual e travestis no mundo. Além disso, a inserção destes oprimidos no mercado de trabalho, sobretudo, em cargos de visibilidade, ainda é raro. Faz se necessário coibir com veemência a violência e o preconceito sofrido devido a orientação sexual seja ela qual for.          Os transgêneros não se identificam com o gênero biológico, até mesmo informações básicas como essa ainda sofre rejeição, inclusive , nas escolas que possuem o papel de educar os cidadãos. Concomitante a isso, os meios de comunicação social como a televisão e internet optam por divulgar a violência sofrida pelo público LGBTTT, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, ao invés de promover campanhas publicitárias de repressão à violência. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes.          Torna-se evidente, portanto, que o combate a esse problema social deve começar com o bom senso dos cidadãos. Nessa perspectiva, é indispensável que a grande mídia comesse a difundir campanhas governamentais com o intuito de reprimir os atos violentos contra o público LGBTTT, dando ênfase ao estimulo de denúncias desses crimes. Aliado a isso, faz-se necessário a criação pelo poder legislativo de um projeto de lei para aumentar a punição de agressores para que seja possível diminuir a reincidência. É imprescindível também, o estimulo de debates sobre diversidade de gênero nas escolas, afinal, segundo o filósofo Immanuel Kant “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.