Enviada em: 05/10/2017

A diversidade de gênero, uma manifestação que está muito além do âmbito homem-mulher, é um assunto recorrente nos dias atuais. Nesse contexto, como consequência do aumento da atenção sobre esse tema, está a lenta e gradual representatividade dos grupos envolvidos, como o LGBT, principalmente na mídia. Indo de encontro a isso, está a ala conservadora, principalmente na política, que tenta coibir esses movimentos e sua representação na sociedade.     Apesar de pouco, vem crescendo o número de debates e reconhecimento sobre a diversidade de gênero pela mídia, já que manifestações nas redes sociais trouxe, como consequência, essa discussão para mais perto da sociedade. Uma prova disso é a Rede Globo transmitir, em horário nobre, uma novela que mostra a transição de Ivana para Ivan, agora um homem trans. Além disso, diversos livros como "Meus dois pais" do escritor e diretor Walcyr Carrasco também aderiram a essa temática atual.         Em contrapartida, o lento aumento da representatividade dessa minoria social está associado à falta de diálogo causada pela resistência da camada conservadora da população em falar sobre o tema. Isso porque, de acordo com o jornal New York Times, o fato de o Brasil ser o lugar mais perigoso para os homossexuais está intimamente ligado com a falta de conversa sobre o assunto. Ademais, a Bancada Evangélica contribui para tal, já que se opõe abertamente aos grupos LGBT+ proferindo discursos de ódio, e acabam barrando as discussões desse ponto.        Nota-se, portanto, que essa minoria social deve ser representada e respeitada. Para tal, a mídia, grande formadora de opiniões, deve aumentar a notabilidade desse grupo através de novelas em que estes estejam em posições de destaque, e não como meros coadjuvantes tal qual Ivan. Outrossim, a escola, fundamental no processo do indivíduo,deve adicionar em seu currículo estudos sobre a diversidade de gênero, a fim de evitar futuramente o que, infelizmente, acontece hoje: o preconceito.