No geral, o tráfico de pessoas sempre existiu, desde a escravização dos negros que eram transportados para abastecer as colônias, usando como modo de caracterização dos escravos a pele escura, até os dias atuais em que as pessoas são enganadas e exploradas, conforme a sua vulnerabilidade financeira, para abastecer o comércio clandestino. Dessa forma, é fundamental o combate ao tráfico humano porque este infringe os direitos humanos no que diz respeito a liberdade que pertence à todos e a escravidão que não pertence à ninguém . Primeiramente, de acordo com o que está previsto no artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal". Infelizmente, na prática não é o que acontece com algumas pessoas, pois o comércio humano se encontra enraizado na cultura de muitas nações. Sendo assim, a escravidão sexual, o trabalho forçado e a exploração sexual comercial têm tirado a liberdade de pessoas que são enganadas porque se encontram em uma situação de dificuldade financeira devido à falta de emprego e exclusão social. Outrossim, depois de serem seduzidos com promessas de um emprego qualificado e um bom salário são levados para lugares afastados do meio urbano e sem contato com a família ou com pessoas próximas, ficam também endividados com o serviço sendo essa uma maneira de prendê-los a ele. Mesmo que no início o indivíduo tenha ido pela própria vontade, não deixa de ser um serviço escravo usado para reprimir as pessoas e negá-los uma vida digna. Assim, o tráfico de pessoas se tornou uma das maiores organizações criminosas transnacionais, pois envolve o mundo inteiro. Por conseguinte, fica claro que o tráfico humano deve ser combatido, pois este recruta por meio da força e do engano pessoas para que se submetem a um tipo de exploração, privando-se de uma vida digna e de liberdade. Portanto, a fim de combater essa prática, libertar as pessoas que já estão envolvidas e prevenir que mais indivíduos sejam enganados e explorados, a Organização das Nações Unidas(ONU), juntamente com a mídia e as forças armadas de cada país, deve investir na UN.GiFT, uma iniciativa global da ONU contra o tráfico de pessoas, organizando metas para que cada nação cumpra com uma maneira de combate ao comércio exploratório de indivíduos, além da realização de campanhas informativas sobre as formas de exploração, para que as pessoas possam se prevenir, por meio de recursos eletrônicos e grupos de apoio à famílias carentes, e a fiscalização em fronteiras entre países e entre estados, tornando assim, a condução ilegal de pessoas mais difícil. Seguidamente, deve proporcionar a inclusão dos cidadãos de volta ao meio social e regularizá-los em uma atividade remunerada para que possam se reerguer na sociedade em que viviam.